Raquel Monteiro • 28/03/2022
28/03/2022Olá, concurseiros! Se você tem gostado da nossa série de artigos em que deciframos “os mistérios” dos concursos públicos e das bancas examinadoras, certamente seus olhos vão brilhar com o texto de hoje.
Hoje daremos continuidade com a banca FCC – Fundação Carlos Chagas, que tradicionalmente realiza inúmeros concursos em todo Brasil há mais de 50 anos!
Esta é uma banca que mantém importante reputação no cenário de avaliações, pois a Fundação não só aplica provas de concursos públicos, mas também exames de certificação.
Assim como as bancas Cebraspe e a FGV, também tem preenchido o vácuo deixado pela ESAF, pois esta não mais organiza certames.
A FCC organiza uma ampla gama de concursos para estatais, prefeituras, magistratura, Analistas de Tribunais e Ministério Público etc. Atualmente, está organizando o concurso do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará. Por isso, dedicamos um texto só para ela!
A FCC (Fundação Carlos Chagas), segundo consta em seu site, é “instituição de direito privado e sem fins lucrativos, atua em duas grandes áreas: Avaliação/Concursos/Processo Seletivo e Pesquisa e Educação. Há mais de 50 anos, é reconhecida pela competência na realização de concursos, vestibulares, avaliação de sistemas e pesquisas socioeducativas.” Esta instituição é muito tradicional no mundo dos concursos públicos, vestibulares, atuando em exames de certificações, avaliações educacionais e de políticas públicas. Não é por outra razão que conhecer a fundo sobre esta banca se revela tão importante.
Antigamente, era conhecida carinhosamente pelos estudantes como a “Fundação Cópia e Cola” da Lei, pois suas questões eram bastante literais. Vencia nas provas por ela aplicada quem memorizava o texto legal. Hoje essa característica deu lugar a um novo perfil que se assemelha bastante ao do Cebraspe.
O estilo da banca é atualmente bastante eclético, pois mescla uma diversidade de conhecimentos nas suas questões. A exemplo do Cebraspe e da FGV, também divide opiniões, pois não é muito previsível. Com isso, muitos estudantes acabam não gostando da forma como elaboram suas avaliações.
Em alguns editais, cabe ressaltar, que a banca adota o desvio padrão para calcular notas. Como isso é feito? Se poucas pessoas acertam uma determinada questão da prova, esta é considerada difícil pelos examinadores. Por isso, esta passa a valer mais e, portanto, quem a acertou ganha a maior pontuação nesta. Ao revés, quando uma questão é acertada por um percentual grande de candidatos, a questão é considerada fácil. Desta forma, passa a valer menos. E essa é uma das razões para a polêmica.
Apesar disso, um aspecto é unânime: os concursos costumam ser muito bem organizados. A FCC organiza certames que chamam muito a atenção, principalmente os que contam com os maiores salários. Estamos falando dos de magistratura, Ministério Público, Defensorias, Tribunais de Contas etc.
Nas provas de Língua Portuguesa, geralmente, este não é o maior dos seus problemas quando fazemos uma comparação com o conteúdo de outras bancas. Se você conseguir treinar bastante e adquirir velocidade de leitura das questões, conseguirá ter êxito nesta disciplina.
As provas são difíceis, sim, mas têm um conteúdo mais objetivo e tangível que o de outras bancas. Os textos relativos às questões de interpretação destes são, geralmente, grandes e abstratos. Exigirão muitas leituras, o que poderá tomar bastante tempo. É preciso ter cuidado, pois poderá faltar tempo para ler as questões de conhecimentos específicos.
O conteúdo de gramática, pelo menos, é cobrado de forma um pouco mais previsível, mas não significa, contudo, que seja fácil, pois não é. Muito pelo contrário: é uma prova bem inteligente e, ao mesmo tempo, técnica. Portanto, é uma ótima banca para se estudar Português.
Aqui reside a grande dificuldade, pois esta banca rompeu com o passado da “cópia e cola” da lei, passando a flertar fortemente com a jurisprudência dos Tribunais Superiores. Isso não significa, contudo, que não cairá texto legal ou algum tipo de referência doutrinária na sua prova, pois a FCC mescla de tudo um pouco em suas provas. Antigamente, o texto legal caía com literalidade, quase como um “jogo dos 7 erros”. Atualmente, as questões de “letra de lei” são mescladas com o modelo antigo e com uma paráfrase do que diz a lei, misturada com a doutrina e com a jurisprudência, por vezes. Com isso, você já sabe que precisará estudar teorias doutrinárias pesadas conjuntamente com o texto legal. A notícia boa é que o aprendizado fica bem mais dinâmico assim.
A respeito das questões discursivas e de estudo de casos, a banca tende a ser bastante objetiva em seus enunciados. Isso também não significa que suas questões sejam fáceis. Muito pelo contrário: exige-se o detalhe, o conhecimento legal, a jurisprudência bem especializada sobre o tema abordado. Isso é positivo, pois seleciona os melhores candidatos, ou seja, aqueles que estudaram muito.
Cumpre acrescentar que os conhecimentos de Língua Portuguesa, seja em Dissertações, seja em Estudos de Casos ou Peças Técnico-Profissionais serão bastante cobrados aqui também. Por isso é que se diz que a FCC é uma banca forte, pois vai fazer uma avaliação completíssima.
Muito temido pelos concurseiros das áreas humanas, aqui, também não costuma ser um problema para quem estuda com afinco. É uma matéria para quem não sente medo de desafios. As questões costumam ser bem diretas e trazer assuntos com os quais a maioria dos estudantes têm muita familiaridade. A banca gosta muito dos temas clássicos da disciplina como as da “Teoria das Casas dos Pombos”. Desta forma, se você estiver bem neste tópico, poderá pontuar bastante.
Quer ir bem nas provas da FCC? Além de resolver muitas questões, estude de tudo um pouco, especialmente se você for prestar concursos da área jurídica.
Nas demais disciplinas, estude normalmente e com seriedade, pois isso bastará. Faça muitas questões, pois elas mostrarão as tendências da banca. Quer saber de tudo e mais um pouco sobre as bancas de concursos? Seja um Gavião e estude conosco no Direção!
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Raquel Monteiro
Raquel Monteiro é advogada, escritora, professora pós-graduada em Direito Público e blogueira do Concurseiro Solitário. Já foi oficial da Marinha do Brasil e agora vem trazer conteúdo de qualidade ao Direção Concursos.
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